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ALIMENTAÇÃO

ALIMENTAÇÃO DE GRANDES RAÇAS
 
Um cão de raça grande (mais de 25 kg à idade adulta) multiplica o seu peso ao nascimento por mais de 80 com um ano de idade e o seu crescimento pod
e durar até dois anos. Um cão de raça pequena (peso adulto inferior a 10 kg) multiplicará o seu peso ao nascimento por apenas 20 e o seu crescimento estará terminado por volta dos 10 meses. Estas diferenças explicam que os problemas de malformação do esqueleto se encontram quase exclusivamente nos cães de raças grandes e confirmam a importância da alimentação no seu crescimento.

Os proprietários de cães grandes e alguns criadores acreditam muitas vezes que o quanto mais alimentarem o seu cão maior este ficará. Nada disso! O cão simplesmente atingirá a sua i
dade adulta mais cedo. Este crescimento acelerado não é contudo favorável porque submete o esqueleto imaturo desses cães a um trabalho excessivo que pode levar a malformações dos ossos e das articulações. Por isso é que os veterinários recomendam aos proprietários de cães grandes limitar as quantidades de alimentos fornecidos e utilizar alimentos menos densos em calorias e portanto menos ricos em gorduras durante o crescimento. Tais práticas permitem controlar melhor o crescimento e garantir o desenvolvimento harmonioso do esqueleto.

Não é raro, proprietários de cães grandes, suplementarem o regime do seu cão com complementos ricos em cálcio. Esta prática não só é justificada se o cão recebe um regime caseiro, ou seja especialmente preparado para ele a base de carnes, legumes e outros feculentos. Se o filhote recebe um alimento comercial para o crescimento, esta prática é não somente inútil mas também perigosa. Pesquisas sobre as necessidades em cálcio dos cães de grande porte durante o crescimento estabeleceram claramente que os excessos de cálcio podem inibir o crescimento e levar a malformações dos ossos e das articulações. A complementação dos alimentos comerciais deve, portanto ser proscrita ou receitada por nutricionistas.

Os alimentos para filhotes são frequentemente ricos em proteínas para garantir um desenvolvimento harmonioso dos músculos e do organismo, bem como para a beleza da pelagem. Ao contrário do que geralmente se pensa, níveis elevados de proteínas nesses alimentos não têm nenhum efeito desfavorável nem sobre o crescimento nem sobre os rins. Estes altos níveis permitem pelo contrário tornar os alimentos mais saborosos para os filhotes e reduzir os níveis de amido (açúcares lentos presentes nos cereais e nas batatas) nem sempre muito bem tolerados pelos filhotes. Suplementos em vitamina C são não somente inúteis mas os excessos podem além disso ter conseqüências desfavoráveis no desenvolvimento do esqueleto, do outro lado, existem estudos que a vitamina C ajuda em alguns casos inibindo a displasia.

Filhotes comem 3 a 4 vezes ao dia quando pequenos; os filhotes passam a comer menos na medida em que vão crescendo; assim, reduza o número de refeições gradativamente. Muitos criadores alimentam seus cães apenas uma vez ao dia, mas o ideal é duas vezes, isto evita que ele coma grandes quantidades de alimento de uma vez e venha a ter uma torção do estômago, nunca alimente os cães antes dos exercícios, se for alimentá-los, faça uma alimentação leve cerca de duas horas antes dos exercícios.
 
Cada criador ou proprietário de cães, deve testar e verificar qual alimentação seu cão adapta melhor, que marca de ração ele gosta mais, quais rações protagonizam fezes mais firmes e límpidas.
 
Também existem criadores que misturam "pastas" ou palatabilizantes (tais como carne bovina, de frango, leite, etc.) nas rações para que os cães as comam melhor, haja vista que muitas marcas apesar de nutritivas, não tem aroma nem paladar atraentes aos cães.

Outros criadores não usam ração fazem um misto com arroz (pode ser a quirela de arroz), alho, beterraba , ovos, pescoço de frango, ou carne bovina ou os dois em conjunto, carbonato de cálcio, cenoura, farinha de carne , farinha de peixe, leite, etc. Esta alimentação deve ser bem balanceada para que contenha tudo o que o cão necessita para ficar bem nutrido e saudável.
Temos que levar em conta a adaptação dos cães, o custo financeiro, a disponibilidade de tempo, que possuímos para prepararmos os alimentos e verificarmos qual a melhor solução para cada caso.
 
HIPERNUTRIÇÃO / EXAGERO

Alimentação em doses excessivas causa malformações nos animais jovens. Siga as dosagens indicadas para cada faixa etária e salve seu cão de um grande sofrimento.

Com relativa freqüência, comenta-se no meio cinófilo que os filhotes em fase de crescimento devem "comer e engordar bastante". Convém lembrar que para algumas raças alimentação em demasia não acarreta maiores danos; porém, para raças de grande porte, essa pode ser uma prática desastrosa.

O potencial genético máximo para crescimento ósseo não pode ser alterado por superalimentação nem em sua intensidade, nem em seu tempo, a ponto de suplantar um aumento rápido de ganho de peso. Isto significa que superalimentando os cães no primeiro ano de vida, eles irão ganhar massa corpórea às vezes extremamente pesada para a estrutura óssea em formação, e ainda frágil. Como conseqüência, verificaremos o aparecimento de anormalidades ósseas graves.
Deformações

Em um estudo de 1974 sobre superalimentação e doenças ósseas, os pesquisadores Headhammer e Cols alimentaram filhotes de Dogue Alemão adotando dietas secas com 36% de proteína, 14% de gordura, 40% de carboidrato e 10% de cinzas (matéria mineral) e constataram que os filhotes desenvolveram significantes alterações ósseas como o engrossamento de articulações, aparecimento nas costelas do rosário raquítico pronunciado (aumento de articulação costocondral), hiper-extensão do carpo, mangueira e achinelamento dos membros anteriores.

A mesma ração foi também fornecida
para outro grupo de filhotes de Dogue Alemão, em quantidades controladas, no entanto. O resultado foi que nenhum sinal de doença foi observado.

TENTAÇÕES VARIADAS

O mercado brasileiro tem à disposição uma série de rações de alta concentração de nutrientes e energia. Muitas são enriquecidas com aromatizantes e palatabilizantes (reforçadores de sabor) que estimulam os filhotes a consumi-las com mais intensidade.

Para não errar na dose o criador precisa observar com atenção as recomendações indicadas para as diversas faixas etárias do crescimento. Só assim ele pode desfrutar o potencial máximo da ração prevenindo-se contra as conseqüências nocivas da hiper-alimentação.

Na maioria dos casos, a utilização de "rações balanceadas" de boa qualidade dispensa toda e qualquer suplementação vitamínica ou mineral.

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